19 de mai. de 2014

CINEFILOSOFIA: Zapatistas





///ZAPATISTAS

Os Zapatistas são uma grande lição de vida para todos os povos do mundo, que cada vez estão mais a mercê dos interesses das grandes corporações. Eles representam o inconformismo de uma população decorrente do Acordo de Livre Comércio, a Nafta, e a consequente ameaça de destruição de seus recursos naturais, sua cultura local, seus meios de sobrevivência. Além disso, eles lutam não apenas por um país mais justo, mas sim por um mundo mais justo. Como disse Manu Chao, a Europa só despertou para as reais implicações da Globalização para a população mundial quando ouviu os indígenas da Selva dos Chiapas. Suas mensagens são de justiça, amor e fraternidade global. (EUA, 1999, 55min - Produção: Big Noise)

///Comentários

Carlos André dos Santos. Bacharel em Ciências Sociais e mestre em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Como pesquisador voluntário, está vinculado ao Núcleo de Estudos da Juventude Contemporânea (NEJUC-UFSC). Entre 2004 e 2012, participou do coletivo do Centro de Mídia Independente em Florianópolis. Atualmente leciona Sociologia na rede estadual de ensino básico e atua em iniciativas de democratização da comunicação e no movimento dos trabalhadores e trabalhadoras da educação. É autor do livro Rebeldia por trás das lentes (2013)

///CINEFILOSOFIA

O cine-filosofia, projeto mensal do centro acadêmico de filosofia, adquire neste ano caráter quinzenal e absorve a temática provocativa que iniciamos ano passado com a realização do I Encontro de Filosofia Oriental. Desta vez na forma audiovisual de guerrilha epistêmica, procuramos questionar os sentidos de uma filosofia em nosso espaço histórico-geográfico latino-americano.

info: thor.verass@gmail.com

Quando: dia 27 de Maio
Local: Mini-auditório CFH
Horário: 19h

17 de mai. de 2014

CINEFILOSOFIA: Macuinaíma



//Macunaíma 

Macunaíma é um herói preguiçoso, sem caráter e safado. Nasceu em meio à mata, já grande, e só começou a falar aos seus seis anos de idade, prova cabal de sua preguiça. Esse personagem, durante o filme, representa o brasileiro. Seus jeitos e trejeitos, suas expressões e seus diálogos cômicos, suas atitudes e confissões. Macunaíma, de negro, se transforma em branco e do sertão migra para a cidade com os irmãos, buscando um compêndio de todas as vivências e aventuras possíveis no país. Macunaíma vive várias aventuras na cidade de forma zombeteira, conhecendo e amando guerrilheiras e prostitutas, enfrentando vilões milionários, policiais, personagens de todos os tipos. Cada personagem na obra e sua relação com o protagonista se identifica a uma metáfora de alguma das estruturas sócias do Brasil. O filme, homônimo da obra textual de Mário de Andrade – Macunaíma -, resgata a obra que, por excelência, representa a construção - ou até mesmo forjação - de uma identidade cultural brasileira.

Ano de Lançamento (Brasil): 1969
Tempo de Duração: 108 minutos
Direção: Joaquim Pedro de Andrade

//Comentários

João Nilson Alencar possui mestrado em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (1992) e Doutorado em Literatura, área de concentração em Teoria Literária, pela UFSC,em parceria de Sanduíche pela Universidade Nacional de Buenos Aires (2006-2007) . Atualmente é professor efetivo da Universidade Federal de Santa Catarina.

//Cine Filosofia:

O cine-filosofia, projeto mensal do centro acadêmico de filosofia, adquire neste ano caráter quinzenal e absorve a temática provocativa que iniciamos ano passado com a realização do I Encontro de Filosofia Oriental. Desta vez na forma audiovisual de guerrilha epistêmica, procuramos questionar os sentidos de uma filosofia em nosso espaço histórico-geográfico latino-americano.

info: thor.verass@gmail.com

Quando: dia 13 de Maio
Local: Mini-auditório CFH
Horário: 19h

3 de mai. de 2014

Cinefilosofia: Mostra Tropicália + Hélio Oiticica

//Cine Filosofia: 

O cine-filosofia, projeto mensal do centro acadêmico de filosofia, adquire neste ano caráter quinzenal e absorve a temática provocativa que iniciamos ano passado com a realização do I Encontro de Filosofia Oriental. Desta vez na forma audiovisual de guerrilha epistêmica, procuramos questionar os sentidos de uma filosofia em nosso espaço histórico-geográfico latino-americano.

///Tropicália

Riqueza de material de arquivo inédito, pesquisa apurada e depoimentos esclarecedores fazem a diferença neste documentário. Um dos movimentos culturais mais festejados da história brasileira, o tropicalismo durou pouco. Entre 1967 e 1968, Caetano Veloso e Gilberto Gil, dois dos maiores expoentes, lançaram canções de vanguarda que, diferentemente de outras músicas da época, criticavam o período militar de uma forma mais anárquica e pop. O auge se deu no disco Tropicália ou Panis et Circensis. Além de Gil e Caetano, a obra reuniu Gal Costa, Tom Zé, Os Mutantes, Nara Leão, a poesia de Torquato Neto e Capinam e os arranjos de Rogério Duprat. O movimento se estendeu ao cinema novo de Glauber Rocha e ao teatro de José Celso Martinez Corrêa. O mesmo se deu no campo da crítica, com a Poesia Concreta dos irmãos Campos e de Décio Pignatari. Foram os concretistas que apoiaram o movimento à primeira hora. Por meio deles, os compositores chegaram à poesia e à filosofia antropofágica do modernista Oswald de Andrade

De uma forma envolvente e criativa, o documentarista Marcelo Machado (sócio nos anos 80 de Fernando Meirelles na produtora Olhar Eletrônico) relembra passo a passo do surgimento do tropicalismo: dos festivais da Record ao exílio de Caetano e Gil, em Londres, por meio de imagens tiradas do baú. Trata-se, portanto, de um amplo e rico painel musical e visual, tratado sem preguiça nem presunção.

(2012, direção: Marcelo Machado - com: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa. - 87 min. - Documentário)

/// Heliorama

Uma curiosa montagem que reúne cinejornais, trailers, clipes e outros fragmentos inéditos e visionários (de som e imagem) do saudoso artista plástico HÉLIO OITICICA.

(Gênero: Documentário, Experimental
Diretor: Ivan Cardoso Elenco: Antonio Manoel, Caetano Veloso, Carlinhos do Pandeiro, Dom Pepe, Haroldo de Campos, Helio Oiticica, Lygia Clark, Lygia Pape, Waly Salomão Duração: 14 min - Ano: 2004)


///Comentários:

Flávia Cera é psicanalista, doutora em Teoria Literária, com tese sobre a poética corporal/ambiental de Hélio Oiticica. Co-editora do Sopro e da Cultura e Barbárie.

infos: thor.verass@gmail.com

Quando: quarta-feira, 7 de maio.
Horário: 19h
Local: Mini Auditório do CFH - UFSC

///

"Um poeta desfolha a bandeira e a manhã tropical se inicia resplandente, cadente, fogueira num calor girassol com alegria na geléia geral brasileira que o jornal do brasil anuncia.”

Gilberto Gil e Torquato Neto