Universidade
Federal de Santa Catarina
Centro
Acadêmico Livre de Filosofia
Gestão
2013/2014
Ata
da Assembleia Geral de Estudantes de Filosofia
10
de outubro de 2013
No
dia 10 de outubro de 2013, às 17:30, na sala 329, do Centro de
Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da Universidade Federal de Santa
Catarina aconteceu a primeira assembleia da gestão 2013-2014 do
Centro Acadêmico Livre de Filosofia.
Thor
Veras (11102006) iniciou a Assembleia dizendo que tivemos a
tolerância de 15 minutos para o início da mesma para que os alunos
chegassem. Thor diz que temos três pontos de pauta, algum deles tem
grande urgência em nosso curso e o outro ponto é com relação as
“Empresa Junior” no Centro de Filosofia e Ciências Humanas.
Thor
Veras inicia falando aos estudantes que o CAFIL foi reajustado, temos
o espaço aberto para monitorias, para estudar, conversar, tomar um
café, que recebemos livros do departamento e as pessoas podem
pega-los para a leitura. Felini de Souza (10101805) falou sobre o I
ENCONTRO DE FILOSOFIA ORIENTAL que o Centro Acadêmico Livre de
Filosofia está construindo e pede para que interessados entrem em
contato para ajudar na organização. O EFO visa uma maior
visibilidade para um área que é menos explorada no nosso
departamento de filosofia da UFSC. O EFO acontece nos dias 18 e 19 de
novembro de 2013. Thor falou da greve estudantil do CAFIL da USP.
Thor teve uma conversa com o pessoal do CAFIL USP e a greve se deve a
uma falta de democracia dentro do campus, a USP está querendo
cortar os votos dos alunos e seus representantes serão escolhidos
pelo CUn. A filosofia foi a pioneira na greve e agora outros cursos
também estão em greve. Thor disse que pretende encaminhar uma moção
de apoio dos companheiros da UFSC para os companheiros da USP.
Carolina Simões (13101904) presta contas do caixa do CAFIL aos
estudantes. Thor fala da transferência de data do Encontro Nacional
de Estudantes de Filosofia que no ano de 2014 acontecerá em Cuiabá
do dia 25 de janeiro ao dia 1 de fevereiro. Thor aproveita o espaço
para lembrar das atividades que o CAFIL tem promovido como o SARAU
FILOSÓFICO, que tem acontecido todo fim de mês e percebemos uma
participação maior de alunos de outros cursos; Cine Filosofia, que
tem acontecido todo mês também no mini-auditório do CFH; e a
Felini fala sobre a SEPEX que o CAFIL conseguiu um estande que falará
sobre Nietzsche, a escolha dessa temática se deu por Nietzsche ser
um filósofo bastante caricato e chamar a atenção dos alunos de
ensino médio que visitam a SEPEX, Thor fala que o CAFIL UFSC é o
único Centro Acadêmico de Filosofia do Brasil que tem reuniões
semanais e abertas, e convida os alunos para participarem das
reuniões.
Thor
Veras pergunta se alguém tem mais algum informe.
Victor
(Xuxa) aluno do curso de História da UFSC falou que tem um informe
que se trata da carta de repúdio ao mini-curso que será oferecido
na SEPEX 2013 que tem uma caráter fascista dado pelo professor
Marcelo Ferreira Lima Carvalho. O CALH (Centro Acadêmico Livre de
História) fez uma carta e está pedindo as assinaturas dos demais
centros acadêmico. A aluna Bruna Pasinato leu a carta. Victor (Xuxa)
disse que esse professor persegue militantes do movimento estudantil
e que em junho duas amigas dele apanharam de um grupo de fascistas,
que esse tipo de perseguição acontece e que o ponto do mini-curso
não é só uma questão de uma revisão histórica. O aluno João da
Filosofia (131006447) disse que se tratando de agressão é caso de
policia para esse professor e não a UFSC. Sandra Inês (09169032)
comentou que se esse professor consegue organizar um grupo ele deve
ter argumentos para convencer as pessoas, disse que durante o debate
os estudantes que são contra devem refuta-lo. Victor (Xuxa) disse
que já entraram em contato com o departamento de história para
tomar medidas possíveis também. Lucas Campi (12103241) disse que a
iniciativa é boa, mas que é preciso ganhar na briga justa e não
responder na mesma moeda proibindo que aconteça o mini-curso. Victor
Xuxa falou que provavelmente vai ter um ato, que irão colar cartazes
em manifesto no CTC. A assembleia entra em votação, se alguém
tiver algo contra assinar é para levantar a mão. O aluno de
filosofia Rafael Lemos levanta a mão para dizer que não é para
proibir que aconteça o mini-curso, mas para que conquiste através
do dialogo. O Centro Acadêmico Livre de Filosofia assina a carta.
Passando
para o próximo ponto de pauta da assembleia Thor Veras apresenta o
coordenador de curso Jaimir Conte que vai nos esclarecer sobre a
situação de mudança no currículo e a questão da licenciatura.
Jaimir inicia sua fala dizendo que essa é uma cobrança da reitoria
desde 2007 e que se trata de um problema de horas/aula. Implica um
acréscimo de 5 disciplinas para a licenciatura. Há uma matemática
que o Sérgio está mais atento quanto a isso. A principio a
discussão também era a respeito de excedermos as horas necessárias
no bacharelado, excedendo o número de optativas. Uma comissão foi
tirada na reunião de colegiado para encontrar a solução para essas
problemáticas. Ontem a conversa do professor Jaimir com a reitora
girou mais em torno da questão do bacharelado. A mudança no
bacharelado vai ser mais de questão terminológica. Já era para
2007 essa mudança no currículo, e se trata de uma mudança
curricular e não de uma reforma curricular. A principio os
professores achavam que está bom desse jeito ao qual já estamos
acostumados. Pode ser que sejam incluídas 2 ou 3 obrigatórias mais
2 ou 3 optativas na licenciatura em filosofia. Jaimir disse que estão
fazendo uma triagem das disciplinas para que seja ensinada a inserção
delas no ensino médio. Jaimir disse que a proposta passará pela
câmara de graduação. Foi aberta as inscrições para fala:
Lucas
Campi disse que fez licenciatura em 2008 no curso de biologia da UFSC
e não percebe mudanças daquela época até esta que estamos
vivendo, que as disciplinas da licenciatura continuam sendo pura
enrolação e vê essas 5 matérias como punição porque ele já
tinha a vida de certo modo planejada para o ano que vem, que será
seu último na graduação. Jaimir respondeu que a licenciatura é
coordenada por outro departamento, o MEN, mas que a proposta não é
“jogar” a responsabilidade ao MEN, a proposta vem do próprio
departamento de filosofia e as disciplinas serão de filosofia
voltada a licenciatura. Exemplo disciplinas tipo laboratório de
ensino de lógica, ou de epistemologia, entre outras áreas. O aluno
teria ideia do que teria disponível para usar em sala de aula. Os
professores vão ter que se preparar para esse tipo de disciplina. O
ponto é incluir disciplinas filosóficas. Diego Warmling (09169010)
diz que introduzir essas disciplinas agora vai atrasar a formação
da pessoa. Uma melhora na licenciatura é importante, mas ele crê
que as principais disciplinas de licenciatura com filosofia são as
que menos instruem a gente. O coordenador Jaimir Conte disse que ele
e o Sérgio vão tentar encontrar possibilidades para quem está
terminando o curso, que ele também acha um absurdo quem está
prestes a se formar tem que passar por isso. Ismael Bagatoli
pergunta se a mudança no currículo vai afetar quem já está no
curso. Jaimir responde que sim pois não se trata de reforma
curricular e sim de uma mudança de currículo. Messias Manarim
(12101920) diz que seria importante a gente construir o próprio
currículo como filósofo, que é ruim alunos de filosofia fazer
disciplinas em comum com a educação física por exemplo. E os
alunos que entraram com o currículo antigo devem ter o direito de
terminar com ele também. E tem que pensar que isso também vai
implicar na carga horária do professor. Jaimir respondeu que caso
sejam criadas essas disciplinas serão procurados professores e
preparados para as disciplinar. Alterar o curso de 4 anos para 4 anos
e meio já seria uma reforma curricular, já que se trata de
alteração curricular a ideia é incluir essas disciplinas nos 4
anos. Felini de Souza diz que concorda com os colegas, que ela também
já estava com tudo planejado e essa modificação será um problema
para ela, mesmo ela acreditando que a licenciatura é deficiente e
precisa de mudanças, mas ela crê que essa mudança que a reitoria
cobra é simplesmente burocrática, não há uma garantia de que vai
ter qualidade, é só uma questão de faltar horas/aula e é nisso
que temos que ter atenção, a licenciatura é muito falha, nós não
temos acesso ao nosso futuro ambiente de trabalho, a escola, mesmo
tendo uma dento de campus e que não é só a licenciatura de
filosofia que passa por problemas, hoje ela disse que viu um cartaz
que falava da licenciatura de letras, a licenciatura é abandanada
pela UFSC. Jaimir disse que concorda com o ponto que a Felini
colocou. Diego Warmiling diz que tem uma pergunta e uma sugestão, a
pergunta é, porque a mudança só agora se isso já é cobrado desde
2007. O professor Jaimir responde que só agora nessa administração
da reitoria que foi revisto isso e está sendo cobrado. A sugestão
do Diego é que o currículo de bacharelado e licenciatura seja um
só, assim como em cursos tipo a história. Jaimir disse que no
passado a pessoa já escolhia entre licenciatura e bacharelado já no
vestibular, porém ele acha que isso não é interessante, da forma
que é o aluno tem mais conhecimento do curso e pode escolher melhor.
Messias questiona se não dá de fazer uma audiência publica sobre o
caso. Jaimir disse que tem a propensão para os alunos que estão
para se formar. Messias diz que no futuro é possível pensar em uma
reforma curricular e concorda com a Felini em dizer que não é um
problema só da licenciatura de filosofia, que temos mais de 10
cursos na ufsc com problemas na licenciatura. Agradecemos a presença
do professor Jaimir que veio esclarecer o caso para a gente e deixar
todos cientes da problemática.
O
próximo ponto de pauta é sobre os representantes discentes, pois
venceu o prazo ontem. Thor disse que falta quórum de estudantes de
filosofia para a votação dos representantes. E lê as condições
que o estatuto propõe. Foi marcado uma assembleia só com esse ponto
de pauta para a próxima terça-feira 17:30. Mas mesmo assim o
Messias e o Mario Filho explicaram como foi o ultimo ano de conselho
e suas funções. Mario falou que as reuniões do conselho de
colegiado normalmente são tranquilas que o problema maior tá sendo
referente a essa mudança curricular. Messias diz que apesar da
filosofia não ser um curso que tem um grande número de pautas ele
pode levar algumas coisas para o conselho, como o problema dos
quadros de vidro e as aulas de lógica. Algumas preocupações foram
levantadas, como a revitalização do bosque, a pintura da
lanchonete, todos esses pontos passam pelo conselho de unidade.
Messias falou também da discussão sobre as câmeras de segurança
no CFH. O CFH é o único centro que não possui câmeras de
segurança e também não é por isso que é o centro que sofre mais
perigos e assalto, ter câmeras não garante a segurança dos alunos.
Passando
para o próximo ponto de pauta que trata sobre a implantação ou não
da “Empresa Junior” no CFH. Thor diz que cada lado tem 10 minutos
para defender os pontos a favor e contra a Empresa Junior e depois
fica aberto para perguntas. Thor disse que começará pelos pontos
contra Empresa Junior, Renato aluno da pós em história e formado em
psicologia começa a falar apresentando as pessoas que vieram junto
para defender os pontos contra, o aluno Victor (Xuxa) da história e
o aluno da psicologia Luiz (Bagé). Sandra Inês, aluna da filosofia,
sugere que primeiro o pessoal a favor da empresa junior se apresente,
porque ela assim como outros não sabem do que se trata e é melhor
para um entendimento do que se trata. Seguindo a recomendação quem
começa falando é o Victor, acadêmico de Direito, membro da empresa
junior de direito que defenderá a empresa junior, ele começa
colocando aspectos jurídicos para o conhecimento de causa. Explicou
que é uma empresa que não dá lucro para os que trabalham nele e
sim para a própria empresa. É uma associação sem fins lucrativos,
a empresa tem por premissa o foco no aprendizado. Ressalta o foco na
autonomia do aluno e que professores e colegiado acompanham. A
empresa junior pode ser comparada com os PET’s e grupo de pesquisa,
rotatividade de membros, todos os alunos podem participar da
experiência. Passando para a defesa da ideia. Existe o serviço
modelo. As vezes da a impressão que a empresa Junior não pode se
unir com o projeto modelo. E a alta rotatividade dos alunos
proporciona essa experiência para vários estudantes. Tem todo o
papel critico e dessa forma encontrando também na prática. A ideia
de empresa junior surgiu na França nos anos 60, fornece uma
experiência prática, se expandindo pelo mundo. A universidade
publica tem que proporcionar ao aluno à formação mais completa,
tonando o currículo rico, uma alternativa foi aprovada na resolução
da UFSC. Não é que se aceitando a empresa junior vai proibir o uso
critico da universidade, mas já da mais uma oportunidade. Finaliza
dizendo que é uma alternativa a disposição defendendo a liberdade
de escolha. Paulo da Psicologia diz que nas últimas reuniões
tomavam a decisão que dão apoio, entre os motivos PET e de acordo
com vários estudos os psicólogos acabam indo para a licenciatura
privada. Não indo para o mercado de trabalho com o intuito de fins
lucrativos, mas sim a empresa junior trazendo um crescimento
capacitacional. Paulo se põe a disposição de quem quiser saber
mais sobre a empresa junior.
No
lado contra a implantação da Empresa Junior no CFH contamos com a
presença do aluno da história e graduado em psicologia Renato, o
aluno da história e membro do CALH Victor (Xuxa) e o aluno da
psicologia Luiz (Bagé). Renato diz que quando vem uma iniciativa de
estudantes é difícil refuta-la. O processo chegou a assembleia do
CFH através do curso de psicologia 2010/2011. O conselho de unidade
nega o pedido, foi recorrido o pedido emitido para o colegiado.
Colegiado decide que devia ter sido um amplo debate no CFH como um
todo uma vez que não há lei que os cursos criem empresas juniores,
é compatível com a universidade publica? Não, e expressa como
motivos o empresariamento da educação distingue de processo de
privatização, a partir dos anos 80 final de 90 o processo começa
acontecer o empresariamento de serviçoes públicos o que se
assemelha com empresas privadas criando uma gestão de universidade.
Assume uma forma de empresa privada na universidade. Que tipo de
formação uma universidade queremos construir, que se submete as
definições de mercado. Não é compatível com universidade. Luiz
coloca que é preciso discutir politicamente e filosoficamente a
importância no CFH. Empreendimento dentro da universidade que
profissional deve formar? É o empreendedor da ótica do mercado?
Para reproduzir o empreendedorismo em forma de sujeito, a trazer e se
apropriarem dos estudantes é fundamental para nós, o nosso
conhecimento. Messias disse que estava na reunião de conselho de
unidade e falou que tem que passar pelo conselho, ele decide, 70
professores, mais os técnicos administrativos, setor empresarial e
10 representantes para fazer uma discussão ampla. O aluno Vitor diz
se contra as empresas juniores e questiona como é feita a seleção
dos alunos que fazem parte. A aluna Mariana da psicologia que faz
parte do projeto de empresa junior responde que para a seleção dos
candidatos há critérios. Felini questiona sobre como vai se dar a
assembleia dos alunos dos estudantes do CFH. Messias explica que será
feito vários debates e cada aluno votará por si se é contra ou a
favor as empresas juniores. A assembleia alcançou o teto até as 20
horas.
A
presente ata foi escrita por Felini de Souza e Clarissa Moraes.
Centro
Acadêmico Livre de Filosofia 2013-2014
Florianópolis,
10 de outubro de 2013